Andador, vale à pena?


Este é um assunto que quero abordar a muito tempo. Principalmente com o primeiro filho, os pais têm que tomar, a toda hora, decisões sobre assuntos que desconhecem.  Até como consumidores, pais de primeira viagem enfrentam desafios a toda hora. Escolher o melhor, carrinho, mordedor, mamadeira, banheira, copo, berço, brinquedo. Muitas vezes, depois da compra é que percebemos que não foi a melhor escolha. 

Andador, comprar ou não?
Há dois tipos de andador. O primeiro é o que tem uma cadeirinha no meio e no qual a criança "anda" sentada. Quem é pai ou mãe de um pequeno hoje, mesmo que não tenha usado um, deve lembrar deste tipo de andador da foto ao lado.
O segundo é aquele em que a criança empurra o andador, usando-o como apoio para andar.

O uso de andador tem sido bastante criticado. Há quatro argumentos fortes para evitar o andador. Primeiro, ele é considerado a maior causa de acidentes graves (envolvendo traumatismo craniano e até falecimento) com bebês. Principalmente os do primeiro tipo, viram fácil se esbarram em um obstáculo (como um sapato ou um brinquedo) e eles também permitem às crianças atingir velocidades muito maiores que sozinhas, o que agrava as consequências de um tombo. Em segundo, o fato de que os modelos com cadeira podem causar problemas de coluna. Além disso, o uso do andador privaria a criança de experiências necessárias ao seu desenvolvimento, ao limitarem o acesso da criança ao chão e impossibilita-lá de explorar o ambiente com as mãos. Finalmente, a eficácia dos andadores em ajudar as crianças a andar é muito questionável. Vale ressaltar que os andadores de empurrar devem ser muito bem examinados antes de comprar, porque a grande maioria não oferece a estabilidade necessária às crianças que estão aprendendo a andar. A maioria é muito estreita, facilitando com que eles caiam de lado ou fazendo com que batam os pés no próprio andador na hora de empurrar. É preciso ver também se ele desliza muitofácil ou oferece certa resistência para que o bebê não "vá com tudo" para a frente e caia de boca no chão. o ideal é ter uma espécie de trava nas rodas para "segurar" o andador. Quando tive minha filha, há dois anos, já estava decidida a não usar o ndador de cadeirinha. Comprei para ela um andador de empurrar da Calesita como este da foto e o que pude perceber é que ela só assou a realmente brincar e manuseá-lo bem quando já andava e tinha bastante equilíbrio. Quando estava aprendendo, eu deixava ela usar o andador um pouco, mas tinha que ficar segurando o tempo todo (de uma forma que ela achassse que estava andando sozinha) para que ela não se machucasse. Não acho que tenha ajudado a anda mais rápido, embora ela gostasse de brincar com ele.

À favor dos andadores posso dizer que, na minha opinião, a falta de supervisão dos pais é a causa dos acidentes. Embora eles possam facilitar a queda, uma criança se machuca da mesma forma em uma escada sem proteção, com uma cadeira, segurando na ponta da toalha da mesa e com tantas outras coisas se não estivermos sempre junto com elas.

Depois de tudo isso e da experiência que tenho hoje, acho que os andadores, de todos os tipos, são desnecessários. Entretanto, podem ser usados como um brinquedo qualquer, por pouco tempo por dia e com atenção total dos pais. Principalmente, ele não deve ser encarado como uma forma de deixar os pais mais livres para outros afazeres.
Uma opção para quem faz questão do andador seria este andador carrinho de boneca, com rodas traseiras superafastadas, que permite que a criança empurre sem cair de lado ou chutar o carrinho e que pode ser achado na internet por R$ 180,00. Entretanto não sei se ele tem a "trava" nas rodas que mencionei antes.

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